O Lula Terra mandou os títulos e me encomendou poemas. Fiz esta pequena série. Aceito sugestões de títulos, para meu livro "Poemas sob encomenda".
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Poema para caixas de fósforoFósforos “Queluz”
Aqui na minha mesa
Risco os 40 palitos
Queimo meus cabelos
Enxugo as lágrimas
De você que não veio.
Queluz que nada
Vou agora de “Fósforos Paraná”
Acender meus cigarros
Meus incensos, meus baratos
E te apagar
Sem me queimar.
Poema para cantar de galoO galo que canta
Seus males espanta?
Poema para calando dançarO calango, parado, a me olhar
Calmo, meditativo e espiritual
O calango ficou me olhando
De revés
Foi então que apontei a mangueira
E ameacei molhá-lo
“Dança, calando filho da puta
dança sem parar!”
E o calango se escondeu
Sem dizer a deus
Quem dançou fui eu.
Poema para corno se matarEstava certo mesmo
O velho Batman
Que pensou muitas horas
Deitado na rede
E chegou à conclusão
Que um homem sem chifres
É um animal indefeso.
Poema para ruas sem ninguémRua sem ninguém
Equanto um não vai
O outro não vem.
Poema para desertoEm pleno deserto
Me lembro do terceiro pedido
Ao gênio da lâmpada.
Daí-me, ó gênio
Aquele garrafão de 20 litros
Bem geladinho
E nem precisa ser Indaiá.
Poema para gatos que conferem vida às bolasO gato olha, olha
A bola que rola
O gato confere, pensa, repara
Até que decide:
"Hora de dar uma bola”.
Poema para a melissinhaNo nosso segundo encontro
Ela veio de melissinha
E eu disse: Melissa
Não seja tão redundante!