domingo, 23 de outubro de 2011

José Paulo Moreira da Fonseca

Ando fazendo umas pesquisas poéticas e esbarrei neste grande poeta, José Paulo Moreira da Fonseca.
O poema que compartilho se chama "Balança". Vejam que beleza:
**
Balança
"O muito que me recusam,
concede-me o poema
em sua dádiva de ar.

A alma engendra o que não existe
e da sombra pousada sobre os olhos
vai desenhando a figura além do alcance das mãos.
É pouco, é bastante,
é um ter sem ter-se,
um tempo que parece não passar
pois que nada acontecendo
nada é destruído".