Memória do corpo
Muitas quedas
Nada deixaram.
Não importa a altura, o impacto.
O corpo desdobra-se, renasce
Refaz tecidos e ossos.
Arranhões deixaram rastros, sangue, lágrimas.
A pele, mais que revela: oculta.
Dois dentes quebrados
Não me desfizeram o sorriso.
Mas certos silêncios nunca mais voltaram.
(Recife, 2014)
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