O perdão
O perdão sobe à mesa
limpa os lábios
nos guardanapos de ontem.
Nunca
seus frutos são maduros
nem afável
sua primavera.
O perdão hesita
em contemplar seus medos.
Mesmo assim,
uma aurora brilha em seus cabelos
quando, desarmado,
consente.
Recife, abril de 2010.