segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Oferenda

Não ficarei estático
ansiando a oferenda.

Caminharei com as mãos vazias
imaginando uma flor, uma fonte,
uma pedra.

Tudo subsiste na intenção: flor, fonte, pedra.

Mas não sei das oferendas.

Tive altares para destruir
deuses para insultar
pães para endurecer.

Melhor imaginar
uma flor, uma fonte e uma pedra
num altar que jamais ergui
tão amargo que a reza
sequer é ouvida.

Inaugurarei
algo maior que a intenção.