segunda-feira, 28 de março de 2011

Poema nº 1

Havia algo encravado
como a linha na sombra
o prego sobrando
na parede sem casa

Não soubemos deflagrar
os despojos
o espanto devorou nosso orgulho

Fomos fragatas obscuras
no mar desenhado
por uma criança sem nome.

Viramos cartas sem resposta
livros que morrem
nas enchentes
cheios de si
tão indecifráveis.

Buíque, 26.04.2008