Troca
Escutei o bramido das folhas
meus subterrâneos pediram
um bilhete menor, um não
onde tudo poderia deslizar
para a luz
(as mãos dos amantes
como que atadas ao mesmo
destino).
Mas as portas cediam
a cerimônia transitava
para o dia seguinte.
Eu estava cansado
e sei que era tua ausência.
O certo é que trocamos de lugar
fui aos teus ossos
e estavas em meus remendos.
O que levo é a luz pungida
a absorção das manhãs
esta mania, como uma fratura
de desvendar o amanhã
em troca deste cultivo.
s.j. Belmonte, 26.05.2009.
Nota: O blog estuario.com.br está fora do ar, por problemas técnicos. Voltei a postar no www.estuariope.blogspot.com
5 Comentários:
É minha opinião: Esse poema degola os maus poemas.
Nasceu para construir a ponte que leva o lirismo à palavra escrita.
E - como diria Drummnod - está dito o necessário (ao menos para mim).
Este comentário foi removido pelo autor.
Um poema que devora-nos os 'ossos', impactua até o tutano, n/os subterrâneos dos nossos sentimentos, na tentativa (?) de construir manhãs e tantos outros amanhãs...
P.S.
O que houve com o Estuário que eu não consigo acessá-lo?????
Estuário fora do ar, porque não paguei o lance do "domínio".
voltei por enquanto ao www.estuariope.blogspot.com
sama
belo, belo
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