quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ilusão

Não sei onde nasceu
essa ilusão de ti.

Talvez eu seja como essas plantas ermas
que confundem a água das chuvas
com a dos homens.

Talvez eu seja
como esse jardineiro cego
que molha todos os dias
suas flores de plástico.

Poço da Panela, 18.08.2005

3 Comentários:

Às quinta-feira, agosto 12, 2010 , Blogger Canto da Boca disse...

Às vezes um poema me engole de tal forma, que eu me perco no interstício entre a leitura e a emoção. Esse é um.

Essa capacidade que tens de mexer com a emoção, manuseando as palavras - a matéria prima do poeta -, é coisa de artífice mesmo, de quem burila pedras preciosas para resultarem nas mais belas jóias jamais vistas. As tuas poesias sao sim obras de arte.

Abraço!

 
Às segunda-feira, agosto 16, 2010 , Blogger Magna Santos disse...

Não sei porque, mas lendo este poema, cheguei a me lembrar de outra crônica tua sobre umas certas azaléias na janela.
Beijo.
Magna

 
Às sexta-feira, agosto 20, 2010 , Anonymous Lisandra disse...

Que triste...as poesias tristes costumam ser as mais bonitas.

 

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