Privilégio das ausências
Gasto os passos da vida
em caminhos que sequer existem
Sigo ombro a ombro
com meus camaradas que já se foram
Na coleira, levo meu cão sem nome
que urina nas flores
Volto na mesma estrada
escrevo meu nome nas paredes de vidro
batizo as fontes, grutas
saudades
com palavras que invento para esquecer
Vivo assim, neste privilégio das ausências
Tenho um encontro marcado
a cada instante
com o daqui a pouco
E usamos relógios sem ponteiros.
Brasilia, maio de 2008
2 Comentários:
continuo achando que não tem que haver seleção.
É tudo muito bonito, com muita alma.
...lindo! temos encontro marcado, viu? Assim que encontrar os ponteiros do seu rel�gio...trataremos de perder os meus...ponteiros...
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial