quarta-feira, 16 de abril de 2008

O mesmo

É preciso consagrar a luz em silêncio
Carregar velas acesas
em meio ao temporal

Roubar o fogo dos homens
e devolvê-lo aos deuses

É preciso queimar os papéis que restam
mudar as fogueiras
para dentro dos olhos
mastigar as cinzas
e dissolver no corpo
com a ajuda das unções

É preciso dialogar com o próprio soluço
murmurar palavras perdidas
colecionar sobras
e devolvê-las como despojos
de guerras íntimas
cheias de silêncio.

3 Comentários:

Às quarta-feira, abril 16, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

hoje você me queimou.
choro, não de emoção ou tristeza, choro de beleza.
vida longa às chamas, aos chamados, samas, poesias...
justine

 
Às sábado, abril 19, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Qdo leio tuas poesias...sinto exatamente o q diz essa música...deves conhecê-la, e deves apreciá-la tb...
um abraço afetuoso


CRUZADA

não sei andar sozinho por essas ruas
sei do perigo que nos rodeia pelos caminhos
não há sinal de sol
mas tudo me acalma no seu olhar
não quero ter mais sangue morto nas veias
quero o abrigo do seu abraço que me incendeia
não há sinal de cais
mas tudo me acalma no seu olhar

você parece comigo
nenhum senhor me acompanha
você também se dá um beijo dá abrigo
flor nas janelas da casa
olho no seu inimigo
você também se dá um beijo dá abrigo
se dá um riso dá um tiro

não quero ter mais sangue morto nas veias
quero o abrigo do seu abraço que me incendeia
não há sinal de paz
mas tudo me acalma no seu olhar

 
Às terça-feira, abril 29, 2008 , Blogger Josias de Paula Jr. disse...

É isso! A cura das guerras internas...

 

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