colecões
Coleciono fitas para maquinas
Olivetti que estão no ferro velho
das minhas mãos velhas.
Coleciono banhos nas piscinas
em velhos clubes fechados
e ando cantarolando uma musica do Cartola
que escutei na Espanha.
Coleciono cartões postais
de cidades com clima frio
e boto debaixo do cobertor
em dias quentes
Juro que me sinto em Paris.
Colecionei carteiras de cigarro vazias
que valiam uma nota
mas numa viagem, perdi milhões,
então passei a fumar muito
e essa tosse, juro que não nasceu comigo
veio dos pulmões das minhas lembrancas.
Cabo, noviembre de dois mil e siete
2 Comentários:
Meu Amigo, não sei como pude passar tanto tempo ser ler suas lindas crônicas e poemas. Você me faz acreditar que a vida pode ser bem melhor. Um beijo.
Rejane (Poço da Panela)
Meu caro, do Sopão para o Estuário, do Estuário para os seus poemas foi uma só caminhada. 'Coleções', por vias atravessadas, me fez lembrar uma cena de 'Les carabiniers', de Godard: a cena dos cartões postais. Claro, sua "guerra" é outra. Um abraço.
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