Ilusão
Ah, esta grande ilusão
De segurar os fugitivos
Os que fogem porque não têm destino.
Escapar da tempestade dos olhos
Baixar as pálpebras maduras
Ocultar das pupilas
A sombra dos humildes que se perdem,
Como os cães dos bêbados.
Olhar os ossos dos fugitivos
Lá, onde mora o arroubo
Procurar por algo sem nome
Sem destino, sem vestígio
E saber que só a memória devolve
O que se perde.
1 Comentários:
e como um cão bêbado, perdido, domado por tantos ébrios, vou farejando essa fuga impossível para dentro dos meus ossos, cambaleando, ralando a cara em cada queda, desfazendo em riscos de sangue o rosto dos anjos, sem linhas retas, porque os bêbados não têm direção, devorando tudo até o pó e ainda morrendo de fome na ilusão de ser. tanto pior que de quebra ainda tenha trocado amnésias pelo direito a alguns passos e a alguns saltos. azar o meu que por muita sorte enlouqueci e enquanto danço, penso que vôo.
lindo o poema. diz tanto do que queria gritar hoje. mas faz três dias que estou muda. só ventanias me saem da boca banguela, nesse silêncio de oceano onde a beleza pode ser mortal.
un petit bisou pour toi
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