segunda-feira, 9 de julho de 2007

Mínimos

Aprendi hoje
como derrubar o chão
Basta plantar flores
no céu
com as raízes pra baixo.

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A memória é uma seta atravessada por um alvo.

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Todo pó é feito de esperança. Leves partículas têm a força do grão. O fecundo faz piruetas e toca o solo, fecundando-o. Despede-se das mãos o pó da loucora e fica no tempo, o tempo de se dar".

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Tenho uma amiga que não sabe correr, um amigo que não sabe nadar;
Nunca consegui resolver uma raiz quadrada ou entender o dominó;
A minha amiga de Brasília não consegue conviver com galinhas;
Cantar e bater palmas ao mesmo tempo é um suplício para outros amigos;
Conheci uma moça que não sabia usar panela de pressão;
Não saber dirigir, são muitos;
Algumas pessoas não sabem beijar;
Um amigo não sabe bater pênalty;
Jogador muito ruim não sabe nem comemorar o gol;
Tem gente que não sabe educar um filho;
Outras coisas que não sei, guardo silêncio
para não despertar as outras coisas que não sei.

3 Comentários:

Às quinta-feira, julho 12, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

lindezas, lindezas.
acho que caiu um cisco no meu olho. será que daqui brota alguma coisa bonita nesse tempo?
un petit bisou pour toi

 
Às quinta-feira, julho 26, 2007 , Blogger Laura_Diz disse...

Que lindo poema!
vim atrás lá do Gustavo.
Bela surpresa estes blogs nos trazem. um abraço, Laura

 
Às sábado, agosto 11, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Gostei das suas bem humoradas poesias e assumidas fra(n)quesas, ficou mais leve derepente todo o meu tormento, a minha dor.
Valeu, você me salvou de mim mesmo.
Romulo Andrade

 

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