Fragmentos, estudos, esboços
Carrego um baú velho nos ombros:
Quem abrirá, para cheirar
as dores do passado?
***
Ele ofereceu-me, então, um chá de bofetadas.
Bebi lentamente, gole a gole, sem parcimônia.
***
Há dias em que o sol proclama
a beleza das pedras.
***
Um dia, morri de saudades
da minha alma.
***
... vi os muros de perto
tão largos quanto o esquecimento
senti como pesam
as trancas por fora.
***
Me deixo atribular por paisagens
rios inumeráveis, finos como veias
até que um dia
consiga costurar as imagens
que assoprei nas mãos
que ficaram vazias.
***
2 Comentários:
'Um dia, morri de saudades
da minha alma.' - nunca vou esquecer disso.
intenso.
"Há dias em que o sol proclama
a beleza das pedras"
isso me lembrou a sua saga e a Pedra do Reino, no outro blog.
=)
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