terça-feira, 18 de julho de 2006

Fernando Pessoa, sempre...

"Pois que dure, ou que, durando,
volta, neste confuso mundo obramos,
e o mesmo útil para nós perdemos
conosco, cedo, cedo

O prazer do momento anteponhamos
à absurda cura do futuro, cuja
certeza única é o mal presente
com que o seu bem compramos.

Amanhã não existe. Meu somente
é o momento, eu só quem existe
neste instante, que pode o derradeiro
ser de quem finjo ser?"

Poema de Fernando Pessoa, deixada por Emília Miranda como presente, para o meu momento, creio...