O silêncio
Por samarone Lima
O grande objeto de hoje
foi não fala
O milagre, hoje
foi mastigar a dor
junto aos vidros do silêncio
Mastiguei por horas sem fim
como uma vaca exilada
e faminta
Não me saiu uma palavra
Engoli a saliva com sangue
Ao final da tarde
meus dentes machucados
sorriam mendigos em fotografias
o grande obheto de hoje
foi a dor no canto da página
como se não houvesse
amanhã
3 Comentários:
Teu poema provoca reações paradoxais:
fere feito um punhal...
parte a alma em duas... ou em muitos fragmentos...
arranca de nós um suspiro profundo...
mas deixa uma sensação de alívio:
viver vale a pena.
O que dizer, então?
É lindo.
de tanto afeto
por ser tao feia
me senti muito vazia
"triste, solitaria e final".
não consigo mais escrever.
minhas letras e poesia perderam-se no pó dessa estrada imensa que nos separa, na distância entre nossos sonhos.
agora meus escritos voltam para a cela interior, onde já se acostumaram a viver represados.
fazes uma falta do caralho.
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