Dentro da vida (fragmento)
Dentro da vida reinvento a morte desfaço o vício de sofrer que grudou à pele com Superbonder ou cola Tenaz.
Dentro da vida resvalo na alegria que perdi um dia em algum desencontro perfeito, este que veio de dentro de mim.
Escuto a voz poderosa de algum ente querido (esquecido do meu farto ouvido) a soberana mensagem “aguarde”, e me deito ao solo como um santo em sua terra natal, com sua pistola de ar comprimido.
Dentro da vida enfeito os olhos me refestelo meço o alvoroço a nova pele me regenero (pondo no rosto o nariz de brinquedo que me fartou o desejo de ser santo ou cão) eu agora não penso em silêncio não empresto meus préstimos ao desalento digo “isso não quero” - o resto é o terremoto de sempre – já sei viver entre os escombros.
1 Comentários:
lindo sama, lindo
eu que nem sei viver sigo dançando entre escombros, por cima das águas, debaixo da terra, por onde meu corpo precisa ir acompanhando essa alma velha e cansada. acho que nunca aprenderei. é a minha criança que desenha meus pés todos os dias e eles são amigos das asas, por isso o riso.
beijo no coração
silvinha
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