terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Dentro da vida (fragmento)

Dentro da vida reinvento a morte desfaço o vício de sofrer que grudou à pele com Superbonder ou cola Tenaz.

Dentro da vida resvalo na alegria que perdi um dia em algum desencontro perfeito, este que veio de dentro de mim.

Escuto a voz poderosa de algum ente querido (esquecido do meu farto ouvido) a soberana mensagem “aguarde”, e me deito ao solo como um santo em sua terra natal, com sua pistola de ar comprimido.

Dentro da vida enfeito os olhos me refestelo meço o alvoroço a nova pele me regenero (pondo no rosto o nariz de brinquedo que me fartou o desejo de ser santo ou cão) eu agora não penso em silêncio não empresto meus préstimos ao desalento digo “isso não quero” - o resto é o terremoto de sempre – já sei viver entre os escombros.

1 Comentários:

Às quarta-feira, fevereiro 28, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

lindo sama, lindo
eu que nem sei viver sigo dançando entre escombros, por cima das águas, debaixo da terra, por onde meu corpo precisa ir acompanhando essa alma velha e cansada. acho que nunca aprenderei. é a minha criança que desenha meus pés todos os dias e eles são amigos das asas, por isso o riso.
beijo no coração
silvinha

 

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