A memória é uma tela de aromas farpados
A memória é uma tela de aromas farpados:
Uns amam tanto.
Outros, não amam nada.
Há quem passe pela vida
sem saber o que é o amor,
apenas, amolando facas,
desentortando pregos,
dispondo arames farpadosem torno de si.
Para manter um amor
é mais importante ser sábio
que amoroso.
O amor faz a gente
conversar com o nada
cozinhar estrelas no azeite
ver sentido onde não tem,
beber veneno e achar bom.
Amar amar amar
como quem sacia a sede
com um copo de cicuta.
Gustavo de Castro e Silva, poeta brasileiro, 37 anos.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial